Abra o link abaixo e assista um clipe do maxixe "Rio Antigo", composto por Altamiro Carrilho e Augusto Mesquita, em 1954, na interpretação de Ademilde Fonseca:
RIO ANTIGO
O Rio antigo, quero relembrar
E o maxixe que ele conheceu
Alguma coisa, para confortar nossos amores
Ao mundo, a você quero falar
No bonde que o burrinho esperava
A gente se aprontar
E na vaquinha, que parava há nossa porta
Pra nos deleitar.
As nossas ruas
Que eram bastante estreitas, então
Bem pensado, eram mais largas
Relativamente, do que hoje são
E falando, da iluminação
O que é verdade é que a luz era fraca
Mas nunca faltou, luz num lampião.
Naquele tempo, era Zona Norte
E nas cantinas de toda cidade
Pois quem disse
Independência ou Morte, ali passou
A sua mocidade
São Cristóvam, era sem igual
Com seu pomposo, Passo Imperial
E as liteiras que andavam todo o dia
O bairro, maioral.
Que é da rua famosa
Que até inspirou a versão
Do Cai, Cai Balão
Onde estás ó Rua do Sabão
Que fizeram de ti?
E da tua colega do Piolho?
Na cabeceira, puseram mais flores
Passaram a mudar, tudo por aí.
No carnaval, usava-se de tudo, que era água
E as vezes, era tudo, e que gozado
O tal limão de cheiro
Que nem sempre era lisonjeiro
Zé Pereira, teve o seu passado
Naquele tempo, que não volta mais,
Dava prazer o encontro
Com as fantasias, tão originais.
Pra terminar
Eu não posso deixar de falar, no Castelo
Nesse morro, que foi abaixo
Para ali surgirem, ó quanta ironia
Castelos, castelos mais castelos
Com o progresso, cresceu a cidade
E o preço do pão, que calamidade!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
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