"SOU UM LABIRINTO EM BUSCA DE SAÍDA." (Vinícius de Moraes)







domingo, 18 de setembro de 2011

FRASES REVELAM ESSÊNCIA DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA


"A admiração é filha da ignorância, porque ninguém se admira senão das coisas que ignora, principalmente se são grandes; e mãe da ciência, porque admirados os homens das coisas que ignoram, inquirem e investigam as causas delas até as alcançar, e isto é o que se chama ciência."

"A ausência é o remédio do amor."

"A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor."

"A esperança é o último remé­dio que a natureza deixou a to­dos os males."

"A palavra mais dura de pro­nunciar, e que, para sair da boca uma vez, se engole e afoga mui­tas, é peço."

"A nossa alma rende-se muito mais pelos olhos, do que pelos ouvidos."

"A vida é uma lâmpada acesa, vidro e fogo. Vidro que com um sopro se faz e fogo que com um sopro se apaga."

"Amor e ódio são os dois mais poderosos afectos da vontade humana."

"Aos que não são povo, põe-se-lhes o sol à meia-noite, e ama­nhece-lhes ao meio-dia."

"Até entre os anjos pode haver variedade de opiniões, sem menoscabo de sua sabedoria, nem de sua santidade."

"Deus é o alfa e o ômega de to­das as coisas."

"Divertem-nos a atenção os pen­samentos; suspendem-nos a aten­ção os cuidados; prendem-nos a atenção os desejos; roubam-nos a atenção os afetos."

"E se um não é tão duro para quem o ouve, creio que não é menor a sua dureza para quem o diz."

"É cousa tão natural o responder, que até os penhascos duros respondem e para as vozes têm ecos. Pelo contrário, é tão grande violência não responder, que aos que nasceram mudos fez a natureza também surdos, porque se ouvissem, e não pudessem responder, rebentariam de dor."

"Há homens que são como as velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros."

"Mais afronta a mesura de um adulador, que uma bofetada de um inimigo."

"Mais fácil é unir distâncias e vontades, que casar opiniões e entendimentos."

"Melhor é o tédio, que nos salva, do que o amor, que nos perde."

"Milagres feitos de vagar são obras da natureza. Obras da natureza feitas depressa são milagres."

"Muitos cuidam da reputação, mas não da consciência."

"Muitos são parentes da fortuna e não de pessoas."

"Não há alegria neste mundo tão privilegiada, que não pague pensão à tristeza."

"Não são só os ladrões, os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exercícios e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam."

"Nem todos os anos que passam se vivem: uma coisa é contar os anos, outra é vivê-los."

"Neste mundo conturbado, quem tem muito dinheiro, por mais inépto que seja, tem talento e préstimos para tudo; quem não tem dinheiro, por mais talento que tenha, não presta para nada."

"No juízo de Deus basta ser bom no último instante da vida para ser eternamente bom: No juízo dos homens basta ser mau em qualquer tempo da vida para ser eternamente mau. Se fostes bom, e sois mau, julgam-vos mal pelo que sois; se fostes mau, e sois bom, julgam-vos mau pelo que fostes; e se sois e fostes sempre bom, julgam-vos mal pelo que podeis vir a ser."

“O bem ou é presente, ou passado, ou futuro: se é presente, causa gosto; se é passado, causa saudade; se é futuro, causa desejo.”

"O caminho da verdade é único e simples; o da falsidade, vário e infinito."

"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive."

"O maior pensar da criatura humana é comer; desde que o homem nasce até que morre anda a procurar o pão para a boca."

"O melhor comentador de profecias é o temo."

“Os olhos têm dois ofícios: ver e chorar; e mais parece que os criou Deus para chorar, que para ver, pois os cegos não vêem e choram.”

"Os vivos são pó levantado, os mortos são pó caído; os vivos são pó que anda, os mortos são pó que jaz."

"Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras."

"Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e a luz. Se tem espelho e é cego, não pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não pode ver por falta de luz. Logo há mister de luz, há mister de espelho e há mister de olhos. Que coisa é a conversão de uma alma senão entrar um homem dentro de si, e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, é necessário luz, e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina, Deus concorre com a luz que é a graça; o homem concorre com os olhos que é o conhecimento. Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte; por qual deles havemos de entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?"

"Porque tenho conhecido tan­tos homens, sei que há mister muito tempo para se conhecer um homem."

"Pouco fez, ou baixamente avalia as suas ações, quem cuida que lhas podiam pagar os homens."

"Que coisa é a conversão da alma, senão um homem dentro de si ,e ver-se a si mesmo."

"Quem quer mais que lhe convém, perde o que quer e o que tem."

"Quem tem seis asas e voa só com duas, sempre voa e canta. Quem tem duas asas e quer voar com seis, cansará logo e chorará."

"Quereis só o que podeis, e sereis onipotentes."

"Reis e belicosos; reis e políti­cos; reis e deliciosos, quantos qui­serdes mas reis e santos, muito poucos."

"Saber morrer é a maior façanha."

"Somos o que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos."

"Três mais há neste mundo pelos quais anelam, pelos quais morrem e pelos quais matam os homens: mais fazenda; mais honra; mais vida."

"Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba..."

* Padre António Vieira (Lisboa, Portugal, 06/02/1608 — Bahia, Brasil, 18/07/1697) foi um religioso, escritor e orador português, pertencente a Companhia de Jesus. Destacou-se como missionário em terras brasileiras, sendo considerado um dos mais influentes personagens do século XVII, em termos de política e oratória.

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