Abra os links abaixo e assista aos clipes das músicas "Trem das Onze" e "Samba do Ernesto", duas antológicas composições de Adoniran Barbosa, na inconfundível interpretação do autor:
TREM DAS ONZE
Não posso ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não pode ser
Moro em Jaçanã,
Se eu perder esse trem
Que sai agora as onze horas
Só amanhã de manhã.
Além disso mulher
Tem outra coisa,
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar,
Sou filho único
Tenho minha casa para olhar
E eu não posso ficar.
SAMBA DO ERNESTO
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever".
* No dia 06/08/1910, na cidade de Valinhos, interior de São Paulo, nasceu esse ícone da cultura paulista e brasileira. É um vergonha que o centenário de nascimento de Adoniran Barbosa, o homem que, entre outras coisas, desmentiu o preconceito de que "São Paulo seria o túmulo do samba", passe despercebido por tantos, em mais uma explicita demonstração da falta de respeito com que o Brasil trata seus antigos ídolos.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
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