quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
SONETO À PÁTRIA (OLAVO BILAC)
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! Não verás nenhum país como este!
Olha que céu! Que mar! Que rios! Que floresta!
A Natureza, aqui perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que a vida há no chão! Vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! Jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece.
Criança! Não verás nenhum país como este!
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
* Olavo Bilac (Rio de Janeiro-RJ, 16/12/1865 — Rio de Janeiro-RJ, 28/12/1918), jornalista e poeta, foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
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O fato de este soneto não ter sido comentado reside no desinteresse que se instalou nos brasileiro em se falar de Pátria.
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