domingo, 11 de dezembro de 2011
MAIS ESTADOS E MENOS FLORESTAS (PLÍNIO ZABEU)
Um grupo de políticos – sempre eles, desgraçadamente – pretende dividir o Pará em 3 estados, com a criação de mais dois. Políticos ou simplesmente donatários? Todos os que conhecemos, ainda que superficialmente, a situação do Brasil nos posicionamos totalmente contrários à vontade deles. Por quê? Simplesmente porque nós, os contribuintes do resto do país, mais especificamente da região onde se concentram os estados produtores de riquezas, vamos ter que suportar gastos e mais gastos. Imaginem novos governadores, vices, secretários, cargos aqui e acolá, deputados, senadores etc., etc., etc.. Alguns dados facilmente reconhecidos, mas pouco divulgados (agradecemos ao jornalista e professor Gaudêncio Torquato, pelas informações muito importantes para conhecimento geral): O Estado do Pará, atualmente tem um superávit anual de 300 milhões (comparável a muitos municípios no Brasil). Se os gananciosos políticos conseguirem seus intentos, teremos o reduzido Estado com um déficit inicial de 850 milhões. Um novo estado, o de Tapajós com déficit de 864 milhões e o de Carajás com um bilhão anual de prejuízo.
Quem vai pagar isso tudo? O contribuinte brasileiro. Ainda pior. Com cargos e mais cargos a serem criados, já podemos deduzir como as verbas serão usadas aqui e ali fomentando a corrupção que grassa o país principalmente nos últimos anos. Quem se interessar pelo assunto poderá pesquisar, por exemplo, o historio do estado do Acre. O assunto veio à tona quando o produtor de matéria prima para fabricação da cocaína, se tornou presidente da Bolívia. Em um encontro com o amigo e companheiro presidente brasileiro, reclamou do “negócio” havido já que o Brasil teria “trocado” o referido estado por um cavalo. Piada que foi esquecida depois de atitudes do neo presidente, prejudicando sensivelmente nossos investimentos naquele país. Também assunto encerrado... A história do Acre foi bem outra e hoje o Brasil tem que manter o estado altamente deficitário e problemático (vd Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch). Se o Pará for dividido, os problemas aumentarão.
E o que dizer do comentado, discutido e de difícil entendimento, Código Florestal? Ao que se sabe e que se possa prever, será sem dúvida um prejuízo enorme ao ambiente, já que haverá anistia para todos os que desmataram, incendiariam, venderam madeira desrespeitando a lei existente há quase 50 anos. O senado concluiu a votação do Código que agora retorna à câmara esperando-se menos confusão e depois caberá à presidente sancionar com ou sem vetos, dependendo da “força” política garantida com uma maioria.
Mais uma: Depois que o ministro Lupi caiu de podre, malgrado sua extraordinária força, hoje a Folha de São Paulo noticia que entre os anistiados pelo Código estão os que contribuíram com 15 milhões para eleição de 50 deputados no último pleito. Tem mais ministros chegando: Negromonte, Pimentel etc.
Será que o Brasil tem ainda jeito??? Resta-nos alguma esperança confiando, enquanto for possível, na presidente Dilma.
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