Amigo Dirceo Stona, abraços...
Na
semana passada lembrei muito de você. Vou explicar!
Um
belo dia estava em casa, já prestes a dormir, quando recebi um telefonema de
uma prima minha, do Rio de Janeiro, dizendo que o sogro do filho dela havia
sofrido um acidente no final daquela tarde, enquanto fazia um passeio com a
esposa em Fernando de Noronha (quebrara o punho esquerdo, com fratura exposta),
e que seria transferido para o Recife na manhã seguinte, onde faria uma
cirurgia de emergência.
Cientificado
de que eles, por não conhecerem nada nem ninguém por aqui, estavam aflitos,
imediatamente entrei no circuito.
Peguei
o telefone da esposa do acidentado e liguei para ela, tranquilizando-a quanto à
chegada ao Recife, pois eu já adiantaria o hospital e o médico que atendesse o
seu plano de saúde, e que estaria no aeroporto para pegá-los (eles viajariam no
avião do governo de Pernambuco, pois só haveria “voo de carreira” no final da
tarde).
Ele
chegou ao Recife no final da manhã do dia seguinte, e já estava tudo organizado
para receber o paciente.
Foi
transportado para o hospital e fez a cirurgia emergencial, para a redução da
fratura, criando as condições propícias para a segunda cirurgia para a
colocação de placas no punho. (Enfim, acabou tudo bem).
Onde
você entra no “causo”:
Desde
a chegada dos dois ao Recife eles não cansam de agradecer a atenção com que têm
sido tratados, pois estavam desesperados em chegar a uma cidade desconhecida,
em uma situação tão dramática.
Para
tranquilizá-los ainda mais, até porque em um determinado momento senti que eles
estavam preocupados em “estar me dando trabalho”, contei a história de um amigo
gaúcho que, mesmo sem ter contato comigo já há algum tempo, em uma hora de sufoco
foi acionado e imediatamente socorreu minha filha (Cristiana, que hoje mora em Utah,
EUA), que na ocasião estava em viagem de “Lua de Mel” pelo Rio Grande do Sul, e
fora acometida de uma forte crise de dor de ouvido, aliviando as dores de um
pai aflito que, impotente em função da distância, teve como “tábua de salvação”
a alternativa de acionar um amigo para socorrê-la.
Interessante
como alguns fatos aparentemente corriqueiros, aos quais a gente costuma não dar
maiores atenção, tornam-se parte da história da nossa vida.
É
isso aí amigo, o que você fez por mim, naqueles idos do princípio da década de
2000, será lembrado para sempre, fazendo com que eu me sinta agora como se
estivesse naturalmente repassando o bem que um dia recebi.
Essa
é a beleza da vida, pagar o bem com o bem!
Tenha
a certeza de que gratidão é “divida que não prescreve”
Abraços
Júlio
Ferreira
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