"SOU UM LABIRINTO EM BUSCA DE SAÍDA." (Vinícius de Moraes)







segunda-feira, 14 de outubro de 2013

GRATIDÃO É DÍVIDA QUE NÃO PRESCREVE


Amigo Dirceo Stona, abraços... 

Na semana passada lembrei muito de você. Vou explicar! 

Um belo dia estava em casa, já prestes a dormir, quando recebi um telefonema de uma prima minha, do Rio de Janeiro, dizendo que o sogro do filho dela havia sofrido um acidente no final daquela tarde, enquanto fazia um passeio com a esposa em Fernando de Noronha (quebrara o punho esquerdo, com fratura exposta), e que seria transferido para o Recife na manhã seguinte, onde faria uma cirurgia de emergência. 

Cientificado de que eles, por não conhecerem nada nem ninguém por aqui, estavam aflitos, imediatamente entrei no circuito. 

Peguei o telefone da esposa do acidentado e liguei para ela, tranquilizando-a quanto à chegada ao Recife, pois eu já adiantaria o hospital e o médico que atendesse o seu plano de saúde, e que estaria no aeroporto para pegá-los (eles viajariam no avião do governo de Pernambuco, pois só haveria “voo de carreira” no final da tarde). 

Ele chegou ao Recife no final da manhã do dia seguinte, e já estava tudo organizado para receber o paciente. 

Foi transportado para o hospital e fez a cirurgia emergencial, para a redução da fratura, criando as condições propícias para a segunda cirurgia para a colocação de placas no punho. (Enfim, acabou tudo bem). 

Onde você entra no “causo”: 

Desde a chegada dos dois ao Recife eles não cansam de agradecer a atenção com que têm sido tratados, pois estavam desesperados em chegar a uma cidade desconhecida, em uma situação tão dramática. 

Para tranquilizá-los ainda mais, até porque em um determinado momento senti que eles estavam preocupados em “estar me dando trabalho”, contei a história de um amigo gaúcho que, mesmo sem ter contato comigo já há algum tempo, em uma hora de sufoco foi acionado e imediatamente socorreu minha filha (Cristiana, que hoje mora em Utah, EUA), que na ocasião estava em viagem de “Lua de Mel” pelo Rio Grande do Sul, e fora acometida de uma forte crise de dor de ouvido, aliviando as dores de um pai aflito que, impotente em função da distância, teve como “tábua de salvação” a alternativa de acionar um amigo para socorrê-la. 

Interessante como alguns fatos aparentemente corriqueiros, aos quais a gente costuma não dar maiores atenção, tornam-se parte da história da nossa vida. 

É isso aí amigo, o que você fez por mim, naqueles idos do princípio da década de 2000, será lembrado para sempre, fazendo com que eu me sinta agora como se estivesse naturalmente repassando o bem que um dia recebi. 

Essa é a beleza da vida, pagar o bem com o bem! 

Tenha a certeza de que gratidão é “divida que não prescreve” 

Abraços  

Júlio Ferreira
 

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