”Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!”
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Em homenagem ao DIA DAS MÃES, e tomado pela saudade, postei abaixo uma livre adaptação do poema “Mal Secreto”, de Raimundo Correia (1859/1911), que cresci ouvindo minha mãe repetir:
“Se alguém pudesse ver através da máscara da face,
Veria que tanta gente que ri, talvez chorasse,
E que tanta gente que inveja nos causa,
Talvez piedade nos causasse...”
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* Raimundo Correia (São Luís, 13/05/1859 – Paris, 13/09/1911) foi juiz e poeta. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Correia)
domingo, 9 de maio de 2010
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