"SOU UM LABIRINTO EM BUSCA DE SAÍDA." (Vinícius de Moraes)







sábado, 22 de maio de 2010

VINTE POEMAS DE AMOR E UMA CANÇÃO DESESPERADA (PABLO NERUDA*)


Entre nos links abaixo e experimente a emoção de ouvir, declamados na versão original, todos os poemas de Pablo Neruda incluídos no livro "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada", publicado em 1924:
Poema nº 01 / Poema nº 02 / Poema nº 03 / Poema nº04 / Poema nº 05 / Poema nº 06 / Poema nº 07 / Poema nº 08 / Poema nº 09 / Poema nº 10 / Poema nº 11 / Poema nº 12 / Poema nº 13 / Poema nº14 / Poema nº 15 / Poema nº 16 / Poema nº 17 / Poema nº 18 / Poema nº 19 / Poema nº 20

POEMA 15
Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
Déjame que me calle con el silencio tuyo.
.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
.
.
POEMA 15 (traduzido para o português)
Gosto de ti calada porque estás como ausente,
e me ouves de longe, e esta voz não te toca.
Parece que os teus olhos foram de ti voando
e parece que um beijo fechou a tua boca.
.
Como todas as coisas estão cheias da minha alma
tu emerge das coisas, cheia da alma minha.
Borboleta de sonho, pareces-te com a minha alma,
e pareces-te com a palavra melancolia.
.
Gosto de ti calada e estás como distante.
E estás como queixando-te, borboleta em arrulho.
E ouves-me de longe, e esta voz não te alcança:
vais deixar que eu me cale com o silêncio teu.
.
Vais deixar que eu te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
Tu és igual à noite, calada e constelada.
O teu silêncio é de estrela, tão longínquo e tão simples.
.
Gosto de ti calada porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se houvesses morrido.
Uma palavra então, um teu sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre porque não é verdade.
.
* Pablo Neruda (Chile, 12/07/1904 - 23/09/1973) foi um dos mais importantes poetas da língua castelhana no século século XX.

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