"SOU UM LABIRINTO EM BUSCA DE SAÍDA." (Vinícius de Moraes)







sábado, 25 de agosto de 2012

MANO A MANO (JULIO SOSA)

Abra o link abaixo e assista um clipe do tango "Mano a Mano", na marcante interpretação de Julio Sosa:



MANO A MANO

Rechiflao en mi tristeza, te evoco y veo que has sido
de mi pobre vida paria sólo una buena mujer
tu presencia de bacana puso calor en mi nido
fuiste buena, consecuente, y yo sé que me has querido
como no quisiste a nadie, como no podrás querer.

Se dio el juego de remanye cuando vos, pobre percanta,
gambeteabas la pobreza en la casa de pensión:
hoy sos toda una bacana, la vida te ríe y canta,
los morlacos del otario los tirás a la marchanta
como juega el gato maula con el misero ratón.

Hoy tenés el mate lleno de infelices ilusiones
te engrupieron los otarios, las amigas, el gavión
la milonga entre magnates con sus locas tentaciones
donde triunfan y claudican milongueras pretensiones
se te ha entrado muy adentro en el pobre corazón.

Nada debo agradecerte, mano a mano hemos quedado,
no me importa lo que has hecho, lo que hacés ni lo que harás;
los favores recibidos creo habértelos pagado
y si alguna deuda chica sin querer se había olvidado
en la cuenta del otario que tenés se la cargás.

Mientras tanto, que tus triunfos, pobres triunfos pasajeros,
sean una larga fila de riquezas y placer;
que el bacán que te acamala tenga pesos duraderos
que te abrás en las paradas con cafishios milongueros
y que digan los muchachos: "Es una buena mujer".

Y mañana cuando seas deslocado mueble viejo
y no tengas esperanzas en el pobre corazón
si precisás una ayuda, si te hace falta un consejo
acordate de este amigo que ha de jugarse el pellejo
p'ayudarte en lo que pueda cuando llegue la ocasión.


DE MAOS DADAS (tradução livre)

Naufragado na tristeza
Hoje vejo em desatino
Que tu foste em meu destino
Uma mulher e nada mais

Tua exótica beleza
Trouxe calor ao meu ninho
E me deste o teu carinho
Num amor doido, incontido
Que jamais tenha sentido
Que não sentirás jamais

Foi num tempo sem grandeza
Quando tu pobre e modesta
Arrastavas a pobreza
Na existência sem prazer

Hoje és toda uma bacana
Tua vida canta em festa
Com a força dos otários
Hoje brincas a vontade
Como gato sem piedade
Faz o rato padecer

Hoje tens os olhos cheios
De promessas enganosas
Das amigas mentirosas
Dos Merchants da ambição

Tens o samba misturado
Com as farras do pecado
Que o avant de uma grandeza
Que faz pena e da tristeza
Todo mundo enraizado
No teu pobre coração

Nada devo agradecer-te
Somos quites novamente
Não me importa o que fizeste
Nem o que achou ou que perdeu

Os favores recebidos
Já paguei aos usurários
E se resta alguma conta
Que escolheu minha alma tonta
Põe na conta deste otário
Que escolheste, agora é teu

Peço a Deus que teus triunfos
Vãos triunfos passageiros
Sejam ases, sejam trunfos
E o que mais te convier

Que o chefão que te sustenta
Tenha mundo de cruzeiros
Que te envolva num ambiente
De galantes e lisonjeiros
E que os homens digam sempre
É uma boa mulher

E amanhã quando a mudança
Te deixar velha alquebrada
Morta a última esperança
No teu pobre coração

Se te faltar um auxílio
Lembra o nosso amor antigo
Pode chamar este amigo
para que volte do exílio
Pra ajudar-te consolar-te
Ao chegar a ocasião...

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